Porto Alegre inspira outras capitais em protestos contra aumento das passagens de ônibus
Faixa foi erguida durante manifestação em São Paulo, na noite de quinta-feira Foto: Gabriela Biló / Futura Press
"Vamos repetir Porto Alegre". A faixa erguida durante os protestos que tomaram as ruas de São Paulo, na noite de quinta-feira, destacou a mobilização contra o aumento da tarifa de ônibus na capital gaúcha como exemplo de que a luta popular tem força.
Porto Alegre é o caso mais recente entre cidades em que protestos conseguiram modificar o cenário — no caso, barrar o reajuste da tarifa de ônibus.
Embora a liminar que reduziu o valor da passagem de R$ 3,05 para R$ 2,85 possa ser cassada na próxima semana, o efeito da reunião de milhares de manifestantes pelas ruas de Porto Alegre teve impacto suficiente para ser símbolo de inspiração de um movimento que se espalha pelo país.
Na noite de quinta, mobilizações convocadas pelo Movimento Passe Livre (MPL) provocaram tumultos e chamaram a atenção de autoridades em quatro capitais brasileiras. Além de São Paulo, cidades como Rio de Janeiro, Goiânia e Natal também viraram palco de ações que envolveram queima de pneus, barricadas, pichações e confrontos entre manifestantes e policiais. O movimento denominado #RevoltadoBusão, em Natal, foi o único que transcorreu sem intervenção policial.
Influenciadas pela mesma onda, as manifestações têm como características comuns a organização por meio das redes sociais, a maior participação popular, atos de vandalismo e a insistência.
Em Porto Alegre, na chuvosa noite de 27 de março, enquanto a Justiça concedia a liminar contra o reajuste, se reuniu pelas ruas da cidade um aglomerado de 3,5 mil pessoas, segundo estimativa do comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar — já os manifestantes projetavam em torno de 10 mil pessoas, número anunciado em megafones.
Pelas contas da Polícia Militar, na quinta-feira, em São Paulo, cerca de 2 mil manifestantes fecharam as principais ruas da cidade, entre elas, a Avenida Paulista. Segundo os próprios organizadores, a massa somava 6 mil pessoas.
Nos protestos no fim da tarde de quinta, em Goiânia, com ânimos exaltados, estudantes arremessaram bombas caseiras em frente à Câmara Municipal. A Tropa de Choque da PM se aproximou do grupo e foi recebida com o lançamento de containers de lixo, que serviram como escudos. Quando o protesto chegava ao fim, um carro da PM foi atingido e teve o vidro estilhaçado. Em Natal, um jovem caiu de um viaduto com cerca de seis metros de altura. Apesar de ter ferido pés e mãos, o manifestante passa bem.
Insistentes em seu propósito, manifestantes vão às ruas mais uma vez. Para impedir que a tarifa suba de R$ 3 para R$ 3,20, em São Paulo, uma nova mobilização está marcada para o fim da tarde desta sexta-feira. No Rio de Janeiro, a próxima manifestação está prevista para segunda-feira.
E a próxima semana deve ser agitada pelas ruas de Porto Alegre. Diante do possível parecer favorável do Ministério Público Estadual em relação à cassação da liminar e da possibilidade de o valor voltar aos R$ 3,05, manifestantes alertam na página do movimento no Facebook:
— Se a passagem aumentar, POA vai parar.
Porto Alegre é o caso mais recente entre cidades em que protestos conseguiram modificar o cenário — no caso, barrar o reajuste da tarifa de ônibus.
Embora a liminar que reduziu o valor da passagem de R$ 3,05 para R$ 2,85 possa ser cassada na próxima semana, o efeito da reunião de milhares de manifestantes pelas ruas de Porto Alegre teve impacto suficiente para ser símbolo de inspiração de um movimento que se espalha pelo país.
Na noite de quinta, mobilizações convocadas pelo Movimento Passe Livre (MPL) provocaram tumultos e chamaram a atenção de autoridades em quatro capitais brasileiras. Além de São Paulo, cidades como Rio de Janeiro, Goiânia e Natal também viraram palco de ações que envolveram queima de pneus, barricadas, pichações e confrontos entre manifestantes e policiais. O movimento denominado #RevoltadoBusão, em Natal, foi o único que transcorreu sem intervenção policial.
Influenciadas pela mesma onda, as manifestações têm como características comuns a organização por meio das redes sociais, a maior participação popular, atos de vandalismo e a insistência.
Em Porto Alegre, na chuvosa noite de 27 de março, enquanto a Justiça concedia a liminar contra o reajuste, se reuniu pelas ruas da cidade um aglomerado de 3,5 mil pessoas, segundo estimativa do comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar — já os manifestantes projetavam em torno de 10 mil pessoas, número anunciado em megafones.
Pelas contas da Polícia Militar, na quinta-feira, em São Paulo, cerca de 2 mil manifestantes fecharam as principais ruas da cidade, entre elas, a Avenida Paulista. Segundo os próprios organizadores, a massa somava 6 mil pessoas.
Nos protestos no fim da tarde de quinta, em Goiânia, com ânimos exaltados, estudantes arremessaram bombas caseiras em frente à Câmara Municipal. A Tropa de Choque da PM se aproximou do grupo e foi recebida com o lançamento de containers de lixo, que serviram como escudos. Quando o protesto chegava ao fim, um carro da PM foi atingido e teve o vidro estilhaçado. Em Natal, um jovem caiu de um viaduto com cerca de seis metros de altura. Apesar de ter ferido pés e mãos, o manifestante passa bem.
Insistentes em seu propósito, manifestantes vão às ruas mais uma vez. Para impedir que a tarifa suba de R$ 3 para R$ 3,20, em São Paulo, uma nova mobilização está marcada para o fim da tarde desta sexta-feira. No Rio de Janeiro, a próxima manifestação está prevista para segunda-feira.
E a próxima semana deve ser agitada pelas ruas de Porto Alegre. Diante do possível parecer favorável do Ministério Público Estadual em relação à cassação da liminar e da possibilidade de o valor voltar aos R$ 3,05, manifestantes alertam na página do movimento no Facebook:
— Se a passagem aumentar, POA vai parar.
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