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sábado, 12 de setembro de 2015

Trânsito


Detran quer proibir que motoristas façam provas sem aval de instrutor
Recomendações serão entregues ao Conselho Nacional de Trânsito.


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Foto: Jessé Giotti / Agencia RBS


Diante dos altos índices de reprovação nos exames de habilitação para condução de automóveis (categoria B), o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) decidiu investigar os motivos que levaram o número de reprovados crescer 101% de 1999 até 2014. Para o Detran, a principal causa não reside em eventuais falhas no ensino, e sim no fato de que muitos candidatos "tentam a sorte" na prova prática de direção, mesmo estando despreparados. Diante deste cenário, o departamento propõe condicionar a participação nas provas à aprovação de seus instrutores.

Em março deste ano, reportagem de Zero Hora mostrou que o índice de reprovação no exame de direção no Rio Grande do Sul atingiu 65% em 2014, o maior patamar desde a implantação do Código de Trânsito Brasileiro. Os dados motivaram o Detran a criar um grupo permanente de trabalho, com o objetivo de identificar as causas e as consequências dessas reprovações.

— Criamos o grupo porque esses indicadores nos preocupam muito — explica o diretor-geral do Detran, Ildo Mário Szinvelskios.

Segundo Szinvelski, o aluno opta por realizar a prova de direção — mesmo ciente de que não está preparado — porque a legislação garante a ele esse direito ao fim do cumprimento da carga-horária exigida. Além disso, o valor do segundo exame — para quem é reprovado no primeiro — é 50% mais barato se realizado dentro do período de 30 dias. A par disso, o Detran passou a estudar a criação de um mecanismo legal que impeça o candidato de realizar a prova sem o aval do instrutor.

— Esses dois fatores servem de incentivo para que candidatos sem as condições básicas façam a prova e, consequentemente, sejam reprovados.

Para tentar resolver o impasse, o Detran entregará uma carta de recomendações ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) pedindo a revisão desses dois procedimentos.

— Entendemos que os candidatos devem ser capacitados para conduzir veículos e não para passar nas provas. Se não cumprirem as condições para participar do trânsito com segurança, devem ser reprovado, para sua própria segurança e da sociedade. Por isso, os índices não podem ser analisados de forma isolada — acrescenta.

Para ele, é preciso qualificar todo o processo de ensino, buscando engajamento dos CFCs, universidades, psicólogos, médicos e examinadores, "mas, principalmente, com análise do perfil do candidato”.

Conforme o coordenador dos cursos da área de trânsito da faculdade Imed e diretor do Departamento de Segurança Pública e Trânsito do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul, André Moura, a opção de fazer a prova mesmo sem o aval do instrutor é um direito legal do candidato. Na sua percepção, é preciso melhorar a qualidade do ensino nos CFCs.

—Eu não acredito na eficácia dessa recomendação. Os números provam que é preciso dar seguimento à qualificação da mão de obra de quem trabalha nos CFCs. É preciso capacitar pedagogicamente os instrutores e despertar neles o lado educador.

O presidente do Sindicado dos Centro de Formação de Condutores (SindiCFC), Edson Cunha, lembra que o objetivo da discussão não é transferir responsabilidades ou achar culpados para a situação, mas sim buscar soluções conjuntas para os problemas que se apresentam.

— Para nós, o foco deve estar sempre na qualidade desse serviço, que é parte público e parte privado, já que nossa atividade tem um impacto grande em toda a sociedade.

No estudo, foram analisados os dados de 221.506 candidatos que iniciaram o processo de provas entre julho de 2013 e junho de 2014, e que fizeram o teste de direção no máximo um ano depois. O Detran também acompanhou as provas realizadas em Porto Alegre entre 18 e 30 de julho do ano passado e supervisionou 120 aulas práticas em todos os Centros de Formação de Condutores (CFCs) da Capital. Realizou, ainda, 158 entrevistas a candidatos à habilitação na categoria B.

O resultado mostra que 78% dos candidatos foram aprovados dentro dos 12 meses de validade do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach) — documento que marca o inicio o processo de obtenção da CNH. Destes, 45% passaram na primeira e 15% na segunda tentativa. Os índices de aprovação nas provas práticas foram melhores entre os homens (87,3%) e entre os candidatos com Ensino Superior Incompleto (83,4%).

A supervisão dos exames em Porto Alegre apontou que mais da metade dos 158 candidatos analisados foi reprovada na baliza (83). Outros 47 candidatos acabaram eliminados no percurso. Entre as faltas mais comuns verificadas na baliza, estiveram falta do pisca (39 candidatos), bater na baliza (32), deixar o veículo apagar (30), estacionar a uma distância maior de 50 centímetros do meio-fio (19) e concluir o teste em um tempo superior a 4 minutos (13). Constatou-se, ainda, que mesmo que não tivessem cometido falta eliminatória na baliza, grande parte dos candidatos já saía pontuado para o percurso.

*Zero Hora

sexta-feira, 11 de setembro de 2015


Governo confirma transferência do Salgado Filho para iniciativa privada
Onze grupos de empresas estão realizando a modelagem da concessão para expansão, exploração e manutenção do terminal
11/09/2015 - 11h35min
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Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS


Um decreto publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial da União oficializa a inclusão de quatro aeroportos no Plano Nacional de Desestatização, entre eles o Salgado Filho, em Porto Alegre. Também foi confirmado que passarão à iniciativa privada os aeroportos Deputado Luís Eduardo Magalhães (Salvador), Hercílio Luz (Florianópolis) e Pinto Martins (Fortaleza).

O decreto designa a Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República como responsável pela condução e aprovação de estudos, projetos, levantamentos ou investigações que subsidiarão a modelagem da desestatização dos aeroportos.

A transferência dos quatro aeroportos para a administração do setor privado foi anunciada no dia 9 de junho, em solenidade no Palácio do Planalto, como parte da nova etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), que tem a previsão de R$ 198,4 bilhões em investimentos, sendo R$ 69,2 bilhões entre 2015-2018 e R$129,2 a partir de 2019.

Onze grupos de empresas realizam a modelagem da concessão para expansão, exploração e manutenção do terminal de Porto Alegre. A principal obra é a expansão da pista em 920 metros, que permitirá o trânsito de aviões maiores para transporte de carga. Elas têm prazo inicial até outubro para concluir o projeto, mas o período pode ser ampliado até janeiro.

Em maio deste ano, o ministro da SAC, Eliseu Padilha, afirmou que o governo avalia a possibilidade de a Infraero passar a ter uma participação de apenas 15% na concessão do Salgado Filho. Segundo o ministro, o percentual permitiria à estatal manter sua posição no conselho das futuras concessionárias. Padilha ainda explicou que a área técnica da secretaria estuda uma projeção ainda menor, se for do entendimento dos consórcios.

Salgado Filho entre os cinco melhores

Na lista de companhias para revitalizar o aeroporto da Capital, constam seis grupos e cinco empresas. Entre os nomes individuais aparecem a Triunfo, a Prosul, a P2 Gestão de Recursos, a Ernst & Young Assessoria Empresarial e a Construcap - CCPS Engenharia e Comércio. Entre os consórcios, constam a Verax e Geo Brasilis Consultoria; Setepla Tecnometal Engenharia, Sener e ATP Engenharia; Concremat Engenharia e Tecnologia, Aeroservice Consultoria e Engenharia e Lenc Laboratório de Engenharia e Consultoria; e Moysés & Pires, BF Capital, JGP, Logit e Proficenter. Também aparecem Radar PPP, junto com a PricewaterhouseCoopers, e Idom Consultoria; e a Helport Construções do Brasil e Corporación América.

Marta Sfredo: pacote de concessões não salva, mas abre um caminho

No segundo trimestre deste ano, o Salgado Filho ficou entre os cinco melhores aeroportos, segundo o ranking nacional de satisfação do passageiro da Secretaria de Aviação Civil, divulgado nesta quarta-feira. O terminal gaúcho atingiu a nota 4,23 numa escala de 1 a 5.

Além de ter superado a meta da Secretaria, o terminal de Porto Alegre subiu no conceito dos seus frequentadores quando comparado o segundo trimestre de 2014 com o mesmo período deste ano. O Salgado Filho passou de 4,06 no ano passado para os 4,23 deste ano. O aeroporto também aparece em primeiro lugar no indicador "conforto térmico do aeroporto", com nota 4,3.

Levy promete ações só para o fim do mês e frustra expectativas
Ministro da Fazenda participou de reunião emergencial com a presidente Dilma Rousseff e outros membros da equipe do Planalto





Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Após reunião de emergência com a presidente Dilma Rousseff e o principal escalão do governo federal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, convocou uma entrevista coletiva nesta quinta-feira para apresentar as ações do Executivo em resposta à perda do grau de investimento do Brasil pela agência Standard & Poor's.
Levy frustrou o mercado ao não anunciar novos cortes de gastos no governo, limitando-se a comentar que, até o final do mês, será encaminhado ao Congresso um conjunto de reformas estruturantes para a economia.
Havia a expectativa de que as decisões relativas a novos cortes de gastos fossem anunciadas pelo ministro durante a tarde, principalmente porque Dilma cobrou agilidade para reverter o momento turbulento da economia brasileira. Na coletiva, no entanto, Levy não tratou do tema.
O pacote apresentado pelo ministro inclui o envio ao Congresso nesta quinta-feira de um PL chamado Lei de Regularização, que trata da reforma do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e de um novo formato para o PIS/Cofins, com o objetivo de "simplificar a vida das empresas", a ser encaminhado provavelmente até o final do mês.
– (A reforma do PIS/Cofins) Será neutra fisicamente e tem o objetivo de simplificar a vida das empresas para dar mais segurança jurídica, transparência e universalidade. Nossa economia precisa sofrer uma certa reengenharia e se adaptar ao novo ambiente mundial. Precisamos de realocação de recursos, capital e mão de obra entre os setores, e ter uma neutralidade tributária facilita isso e o crescimento potencial do país.

Zero Hora.



Suspeito de liderar o tráfico de drogas no Campo da Tuca é preso em Porto Alegre
Joel Lindomar Oliveira da Silva assumiu o controle do tráfico na Zona Leste após a prisão do irmão Juraci Oliveira da Silva, o Jura.




Foto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS

A Brigada Militar prendeu na madrugada desta sexta-feira o homem suspeito de ser um dos principais líderes do tráfico em Porto Alegre. De acordo com a polícia, Joel Lindomar Oliveira da Silva, 27 anos, conhecido como Índio, comanda um império com base no bairro Campo da Tuca e na Vila Cachorro Sentado, na zona leste da Capital.

Após ter ouvido disparos, por volta das 3h, uma viatura da BM que circulava na Rua São Guilherme, na altura do número 220, no bairro São José, abordou Índio e um comparsa. Os policiais encontraram a dupla próxima a um Fiat Stilo, com armas nas mãos. Além deles, outros dois homens estavam no carro e foram detidos.
Segundo um soldado que não quis se identificar, os bandidos largaram as armas no chão e teriam apresentado resistência no momento de serem algemados. Conforme a polícia, Índio portava uma pistola Taurus PT 100.40 com oito cartuchos. A arma é de uso restrito das forças policiais. Com o comparsa, Alexsandro Guterres Nascimento — foragido da Justiça — estava um revólver calibre .38. Próximo a eles havia cartuchos deflagrados. A polícia não conseguiu confirmar qual seria o alvo ou motivo dos disparos.
Os suspeitos foram encaminhados ao Palácio da Polícia Civil, onde prestaram depoimento, e a segurança do local foi reforçada. Índio e Alexsandro foram encaminhados ao Presídio Central de Porto Alegre — onde, de acordo com a defesa de Índio, devem passar por uma audiência de custódia, que definirá se o encarceramento é necessário. Os outros dois homens detidos devem ser liberados porque não estariam armados no momento da abordagem.
A defesa de Índio nega o envolvimento dele com o tráfico de drogas. De acordo com a advogada Ana Walter, Índio assumiu à polícia, nesta manhã, que estava portando arma. Porém, ele teria alegado que carregava o revólver calibre .38, e não a pistola. A confusão, segundo ele, teria ocorrido no momento em que largaram as armas no chão.
Joel é irmão de Juraci Oliveira da Silva, conhecido como Jura, preso em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, em maio de 2010, e condenado por tráfico e homicídio e acusado de envolvimento na morte do médico Marco Antônio Becker, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers), em 2008.
Quando o irmão foi preso, Índio assumiu o negócio ilegal, acumulando as funções de coordenação da compra de drogas no Paraguai e da distribuição de maconha, crack e cocaína nos pontos controlados pela família.

Zero Hora.










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