Dilma destaca importância de energia eólica para combater crise hidrelétrica
Presidente garantiu que Brasil tem segurança na área
Presidente Dilma Rousseff inaugurou parque eólico Geribatu | Foto: Roberto Stuckert Filho / Blog do Planalto / CP
A presidente Dilma Rousseff destacou em seu discurso na inauguração do
parque eólico Geribatu, em Santa Vitória do Palmar, a importância de
investimentos deste tipo para não depender apenas da energia
hidrelétrica. Ele admitiu o País passa por um problema de seca, mas
garantiu que os investimentos feitos em formas alternativas deixam o
Brasil sem risco de passar por racionamento. “Essa é uma das prioridades que tenho e lutei muito por ela. É exigido que a gente produza energia para funcionar 24 horas por dia e 365 dias por ano. Chova ou faça sol. Acontece que no Brasil nós temos um sistema que é fundamentalmente movido pela água. Quando tem água suficiente é muito bom, mas o Brasil não pode depender de ter água suficiente. Além das hidrelétricas, nós temos de ter eólicas, termelétricas, uma diversidade de fontes. Não se põe todos os ovos em uma só cesta. O Brasil botou uma parte muito importante dos ovos na energia hidrelétrica, que é a mais barata que tem. Mas botou também em outras cestas, o que garante e segurança do país”, discursou a presidente.
Dilma ressaltou ainda que os investimentos em energia não devem parar e destacou o que a região da fronteira passa a ter o maior completo eólico do País. “Esse é um setor que se você parar de investir, cai. Tem que investir e procurar oportunidades para todos esses anos. Temos que garantir que o investido hoje não deixará acontecer racionamento lá na frente para que empregos sejam garantidos. Nos quatro anos do meu primeiro governo, conseguimos ampliar a produção de energia em mais de 21 mil MW. Nós aumentamos as linhas de transmissão, as termelétricas e as eólicas. Este ano de 2015, nós vamos entregar mais 6,4 mil MW de energia e mais 7 mil km”, completou.
Na parte final de seu discurso, Dilma Rousseff ainda pediu para que a população não desperdício energia e garantiu que cuidado possa impedir que o custo seja elevado. “Estamos de fato atravessando um período de seca. Ninguém paga a água usada para produção da energia como não paga o vento. Na energia térmica se paga o gás, o urânio, o carvão e a biomassa. Quando a água falta no Brasil e todo mundo tem que saber disso, aumenta o preço da energia porque você passa a pagar aquilo que não pagava. Ele é importante porque funciona com ou sem sol. Você só usa quando precisamos e nós estamos precisando. Isso não significa que vamos ter algum problema sério na área de energia. Não vamos ter porque temos segurança”, encerrou.
Antes de Dilma discursou o governador do Estado José Ivo Sartori. Assim com a presidente, ele destacou a importância de investimentos em energia e disse que essa é uma das prioridades para o seu governo.
“Buscas por novas iniciativas estratégicas é uma pauta necessária e que impõe a geração que tem uma nova visão da sociedade. É questão de responsabilidade para com nossos filhos, netos e bisnetos. Acompanho a sua preocupação com esse tema. De minha parte, ainda antes de assumir o Governo do Estado, decidi reabrir a Secretária de Minas e Energia. Foi uma decisão política de dar importância estratégica à área que possui. Vamos apontar as necessidade e gargalos que precisamos para ter uma abastecimento de qualidade por pelo menos 10 anos”, apontou.
O início da operação de Geribatu representará um acréscimo de mais de 30% na capacidade de geração eólica do RS. O parque eólico possui 258 megawatts (MW) de capacidade instalada e produzirá energia suficiente para abastecer 1,5 milhão de habitantes. O sistema de transmissão que escoará a energia do parque eólico e integrará a Zona Sul do Estado ao sistema interligado nacional também será oficialmente entregue.
São aproximadamente 470 quilômetros de linhas de extra-alta tensão (525 kV), três novas subestações (Santa Vitória do Palmar, Marmeleiro e Povo Novo) e a ampliação da subestação Nova Santa Rita, obras realizadas em parceria entre a Eletrobras Eletrosul (51%) e a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT).
Correio do Povo