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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Lixo compromete espaços voltados ao lazer e ao convívio na Capital

Lixo compromete espaços voltados ao lazer e ao convívio na Capital

Força-tarefa de jornalistas de ZH visitou 67 praças e verificou a sujeira entre os problemas

Lixo compromete espaços voltados ao lazer e ao convívio na Capital Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
Federido Garcia Lorca foi apontada entre as piores no teste Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Lugares de convívio e preservação do ambiente, as praças de Porto Alegre enfrentam problemas como acúmulo de lixo, falta de iluminação adequada e danos estruturais que afetam a qualidade de vida da população.
As mazelas das áreas públicas foram verificadas por uma força-tarefa de jornalistas de Zero Hora que percorreu 67 locais observando itens como calçamento, vegetação, limpeza e segurança.
Cada jornalista visitou um local, escolhido entre 608 praças contabilizadas pela prefeitura, e preencheu um questionário que reflete a percepção dos cidadãos sobre o espaço público. O levantamento revela deficiências que reduzem o efeito benéfico que essas áreas trazem para a cidade. Uma das mais frequentes é a sujeira, identificada em nada menos que 66% dos ambientes avaliados. Uma das razões para isso é a ausência de lixeiras em quantidade suficiente junto aos passeios, o que afeta quase metade dos pontos vistoriados. Esse resultado é agravado, segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), pelo mau comportamento de parte dos frequentadores (leia entrevista).
Cuidados para melhor convívio
As praças de Porto Alegre também poderiam ser melhor aproveitadas se o sistema de iluminação fosse eficiente. A visibilidade é ruim à noite em 42% dos casos avaliados. Isso tem relação com outro item: a percepção de insegurança. A análise da iluminação e de fatores como presença de policiamento e aspecto de abandono fazem com que 37% dos ambientes destinados ao relaxamento dos usuários sejam, na verdade, fonte de algum grau de apreensão. O arquiteto, urbanista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Benamy Turkienicz afirma que as praças precisam de cuidados principalmente por duas razões: melhoram o ambiente e estimulam o convívio social.
— Do ponto de vista ambiental, drenam a chuva, fornecem sombra e mitigam a poluição. No aspecto social, oferecem espaço de interação e troca de opiniões. Para não perder essa segunda característica, conservação é fundamental — avalia.
Um dos pontos pior avaliados é a Praça Federico Garcia Lorca, no bairro Espírito Santo. Tem brinquedos quebrados, bancos malconservados e quadra de esportes deteriorada — esse último aspecto se repete em 58% dos locais onde há espaço para atividade esportiva.
— Temos uma boa área verde, mas a praça está abandonada. Como os brinquedos quebraram, muitas pessoas deixaram de vir — lamenta o frequentador Pedro Vais, 50 anos.
A blitz jornalística também apontou aspectos positivos, embora nenhum deles tenha sido verificado em todos os casos. Um dos lugares melhor avaliados é a Praça Hidráulica Guaibense, diante do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), no bairro Moinhos de Vento — um jardim cercado e sem lixo no chão. O levantamento mostra que há grama em 90% dos locais, brinquedos para crianças em bom estado de conservação em 70% deles, e existência de calçamento em 68% das praças destinadas a tornar Porto Alegre um lugar mais aprazível.

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